Hoje em dia o mercado de trabalho está mais diverso e uma diversidade em específico tem chamado a atenção das empresas: a diversidade etária. Reunir em uma mesma equipe profissionais de diferentes idades traz uma série de vantagens e também desafios. Os conflitos geracionais podem atrapalhar o rendimento dos colaboradores, por esse motivo, saber identificá-los e mitigá-los é essencial.
Nesse artigo, reunimos as principais informações sobre os conflitos geracionais dentro das empresas. Além disso, organizamos uma série de dicas para facilitar a transformação de um potencial conflito etário em combustível para melhorar resultados.
Dos Baby Boomers à Geração Z
De maneira geral, é possível identificar que as organizações estão lidando com a presença de, pelo menos, cinco gerações. São elas: os veteranos, profissionais que nasceram entre 1925 e 1944, a geração dos baby boomers, que concentra os nascidos entre 1945 e 1960, a geração X, definida por quem nasceu entre 1961 e 1980, a geração Y, ou os millennials, que define os nascidos entre 1981 e 2000 e a geração Z, que denomina os nascidos a partir de 2001. Cada uma dessas gerações também representa um recorte histórico com acontecimentos que moldaram o comportamento e os valores de cada um desses grupos. Por exemplo, os veteranos viram a Segunda Guerra Mundial, já a geração Z nasceu inserida no ambiente digital.
Como identificar os conflitos geracionais?
O encontro de gerações e, por consequência, as diferenças e conflitos de geração estão cada vez mais presentes no dia a dia das empresas. Isso porque, com a melhora na qualidade do envelhecimento, profissionais com mais de 60 anos seguem ativos e trabalhando. De acordo com dados divulgados pelo IBGE, entre 2012 e 2016, a população idosa cresceu cerca de 16%.
Ao mesmo tempo, os jovens profissionais, que estão terminando sua formação universitária, entram no mercado de trabalho ávidos por oportunidades e experiências. Portanto, em uma mesma equipe, tem se tornado cada vez mais comum o encontro de diferentes gerações com suas respectivas percepções sobre o mundo e sobre o mercado de trabalho.
Enquanto os veteranos, baby boomers e a geração X cresceram com a mentalidade de passar a vida inteira trabalhando em um único lugar, os mais jovens pensam na direção oposta. Colaboradores millennials e da geração Z querem acumular diferentes experiências e não têm a mesma relação com seu espaço de trabalho. Só essa diferença de relação com o trabalho mostra um potencial conflito geracional.
Para identificar potenciais conflitos geracionais é preciso entender as referências de trajetória de cada colaborador. Como mencionamos no começo do texto, cada geração reflete não só um grupo de pessoas com determinadas idades, mas também um conjunto de acontecimentos e transformações no mundo.
Por isso, é muito importante manter o diálogo e estimular as trocas dentro da equipe. Dessa forma, será possível perceber quais os contextos vividos pelos colaboradores e quais as diferenças visões de cada um deles.
Como mitigar os conflitos geracionais?
A diversidade etária traz uma série de vantagens para uma empresa. Os times trazem diferentes experiências e pontos de vista, ficam mais criativos e conseguem desenvolver soluções mais interessantes para as demandas. Entretanto, para explorar esse potencial criativo da diversidade etária, é preciso contornar os conflitos geracionais. Para tanto, vale conhecer o conceito da coopetição.
A coopetição é uma expressão que nasceu para explicar a junção de dois comportamentos que parecem opostos, mas que podem se complementar de um jeito muito interessante: a competição e a cooperação.
Ao invés de simplesmente competir, os membros da equipe cooperam lucrativamente para alcançar objetivos compartilhados, ao mesmo tempo que buscam excelência individual.
Mas o que isso tem a ver com a resolução dos conflitos geracionais?
A ideia da coopetição é desenvolver um ambiente de coexistência saudável, onde sintam que a diferença etária pode ser uma força e não uma fraqueza. Cada um poderá se sentir mais aceito e valioso no ambiente, sem ter que se impor ou se defender, valorizando a interdependência.
O resultado disso é uma equipe mais unida, um ambiente organizacional mais saudável e com conflitos geracionais contornados. Ou melhor, com as diversidade etária gerando melhores resultados para a empresa.
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