Se te perguntarmos o que é inovação, o que primeiro vem à sua mente? Você concorda que inovar refere-se à criação ou implementação de algo novo, seja um produto, serviço, processo ou ideia?
Algumas abordagens defendem que a inovação pode ser incremental, trazendo pequenas melhorias contínuas, ou radical, introduzindo mudanças significativas que transformam mercados ou comportamentos.
Ou seja, partindo desse princípio, podemos dizer que a inovação abrange todo e qualquer movimento que promove melhorias significativas ou soluciona diferentes problemas de maneira efetiva.
Mas e se déssemos uma nova roupagem ao conceito de inovação? Se você reparar bem, notará que por trás do desenvolvimento de pessoas, tecnologias e processos há sempre uma mente empreendedora. É da mente empreendedora que nasce a inovação. E é olhando para essa mentalidade que temos um leque de possibilidades para o crescimento individual, profissional e empresarial.
Afinal, o que é inovação sem desenvolvimento humano?
A inovação tecnológica, processual e de recursos claramente pode ser implementada em toda e qualquer organização, mas sem uma mentalidade que acompanhe essas mudanças, os benefícios podem ser limitados.
A inovação tecnológica introduz novas ferramentas e sistemas, a inovação processual melhora os métodos de trabalho, e a inovação de recursos otimiza o uso de ativos. No entanto, sem uma cultura que valorize e promova a adaptação e aprendizagem contínuas, essas inovações podem não atingir seu potencial pleno.
A resistência ao novo, falta de habilidades ou desalinhamento com os objetivos estratégicos da empresa são barreiras que podem impedir que essas inovações se traduzam em verdadeiro progresso organizacional.
A rotatividade nas empresas
A situação apresentada anteriormente ilustra por que muitas empresas, especialmente aquelas com centenas de colaboradores, ainda enfrentam desafios na retenção de talentos e no desenvolvimento de funcionários veteranos — costumam ser ambientes com alta rotatividade.
Apesar de possuírem recursos significativos, a falta de uma cultura que humanize e integre plenamente as inovações tecnológicas e processuais impede o desenvolvimento pessoal efetivo.
Isso destaca a importância de uma abordagem que equilibre inovação e humanização, reconhecendo que a verdadeira evolução organizacional só acontece quando a tecnologia e os processos são harmonizados com o crescimento pessoal dos colaboradores. Isto é, quando há a promoção da mentalidade empreendedora e, portanto, inovadora.
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Então o que é uma mentalidade inovadora?
A mentalidade inovadora é aquela que abraça o novo, desafia o status quo e busca soluções criativas para problemas complexos ou recorrentes.
Indivíduos com essa característica estão sempre aprendendo, adaptando-se e explorando novas possibilidades. Eles veem falhas como oportunidades para aprimorar e não têm medo de arriscar, o que é crucial para o crescimento e a inovação em qualquer campo.
Essa abordagem não apenas propicia o desenvolvimento pessoal e profissional, mas também impulsiona o progresso ao encorajar a experimentação e a descoberta contínua. Nesse sentido, ela beneficia a coletividade dentro do ambiente empresarial ao fomentar um clima de colaboração e compartilhamento.
Equipes com essa mentalidade estão mais dispostas a compartilhar ideias e assumir riscos calculados, gerando soluções criativas e eficazes. Isso estimula um ambiente de trabalho dinâmico, onde o aprendizado contínuo e a melhoria são constantes, e onde cada membro se sente valorizado por contribuir ativamente para o sucesso da organização.
Mudanças são necessárias mas geram conflitos: está preparado(a)?
A coopetição como parte da mentalidade inovadora
Um caminho fundamental para a inovação da mentalidade é o investimento na mudança da perspectiva atual de todos os envolvidos para uma visão muito mais holística do negócio.
A coopetição estimula que líderes e colaboradores alinhem seus focos com os objetivos reais da empresa, integrando a essência da competição (ser melhor do que já se é) para o crescimento e aprimoramento contínuos, com a cooperação lucrativa (coopetição).
Neste modelo, todos trabalham pelo bem-estar comum, promovendo um ambiente onde ideias e projetos são desenvolvidos sem a criação de ganhadores ou perdedores, fomentando uma cultura de sucesso compartilhado e inovação sustentável.